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Hello Neighbor: A Decepção Do Survival Horror

Hoje vou falar sobre um jogo que lançou faz um bom tempo, mais precisamente no dia 8 de Dezembro de 2017: Hello Neighbor (olá vizinho, em tradução literal para o português) é um survival horror no estilo stealth, onde você precisa caminhar sem ser visto. O objetivo do jogo é explorar a casa do vizinho e descobrir seu segredo, tudo isso sem ser pego.

Vários alphas foram lançados e a cada lançamento a expectativa aumentava. Porém, o resultado final foi decepcionante: jogabilidade mal elaborada e travada, bugs não corrigidos, falhas na inteligência do vizinho, que deveria perseguir e colocar armadilhas nos locais em que ele te capturasse, mecânica extremamente falha, além de  cenários repetitivos e história completamente enrolada.

Joguei por mais ou menos uma hora e, para ser sincera, minha vontade foi de desistir nos primeiros 15 minutos já que praticamente tudo tinha sido mostrado nas demos.

O game custa R$ 57,99 na Steam e particularmente eu não acredito que ele valha isso tudo. Não compensa pagar um valor alto por algo que passa a impressão de ter sido feito as pressas. As análises dos jogadores também não perdoam e criticam muito o resultado final, alegando que não atingiu as expectativas, passando de um game diferente e empolgante para mais um título que será esquecido futuramente.

Aqui abaixo você confere uma playlist com a gameplay completa de Hello Neighbor, feita pelo youtuber Alan Ferreira:

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Pokemon Quest – Guia de Receitas COMPLETO

Agora que Pokemon Quest está tanto no Nintendo Switch quanto no Mobile, veja o guia completo para te ajudar nas duas plataformas.

Em Pokemon Quest, você captura Pokemons de uma maneira diferente do que vimos nos jogos anteriores. Os jogadores devem atrair os Pokemons para seu acampamento a base da comida, e para cozinhar, você precisa criar receitas.

Neste guia de Pokémon Quest, reunimos tudo o que você precisa saber sobre e como funciona esta função culinária no Pokemon Quest. Você encontrará todas as receitas de Pokemon Quest, como cozinhar a Ambrosia of Legends à la Cube, quais ingredientes deve usar, incluindo Ingredientes Raros, quais Pokémons cada receita atrai e muito mais. Também detalharemos como obter diferentes potes para que você possa atrair mais pokémons raros.

Confira também nosso guia: Pokemon Quest – Guia COMPLETO de como conseguir TODOS OS POKEMONS

 

Receitas Pokémon Quest – guisados, curries, conchas do arco-íris e muito mais

O jogo permite que os jogadores construam seu próprio acampamento-base e produzam pratos para fazer amizade com outros pokemons.

Você precisará cozinhar para atrair novos pokemons, com várias receitas diferentes disponíveis. Você ganhará ingredientes como recompensas enquanto estiver nas expedições, que podem ser combinados para fazer pratos diferentes. Cada prato atrai um certo tipo de pokemon, então reunimos todas as receitas no Pokemon Quest que encontramos até agora. Cada receita tem uma descrição que dá uma pista sobre os ingredientes corretos. Vamos explicar cada receita em Pokemon Quest e atualizar com os exemplos exatos dos nossos desbloqueios. Vamos começar com todos os ingredientes da Pokemon Quest.

 

Receitas Pokémon Quest – Ingredientes

Existem oito ingredientes diferentes para usar em Pokemon Quest. Eles podem ser adicionados ao pote em seu acampamento base em diferentes combinações para fazer diferentes receitas. Você coletará os ingredientes enquanto estiver em expedições, eles serão recolhidos ao derrotar os pokemon. Aqui estão todos os ingrediente em Pokemon Quest.

•  Cogumelo Minúsculo – Vermelho, “Macio e Pequeno”
•  Apricorn – Amarelo, “Duro e Pequeno”
•  Fóssil – Cinza, “Duro e Pequeno”
•  Bluk Berry – Azul, Doce e Pequeno
•  Raiz Grande – Vermelho, “Doce e Preciosa”
•  Icy Rock – Azul, “Duro e Precioso”
•  Cogumelo Balm – Cinza, “Macio e Precioso”
•  Mel – Amarelo, “Doce e Precioso”

Receitas Pokémon Quest – Ingredientes Raros

Existem dois tipos de ingredientes raros para encontrar em Pokemon Quest. Você pode pegá-los derrotando pokemon raros e poderosos encontrados no final de certas expedições. Eles possuem qualidades especiais e criam pratos que atraem pokemon raros e lendários. Aqui estão todos os ingredientes raros em Pokemon Quest.

•  Rainbow Matter – Pode ser usado para substituir qualquer outro ingrediente
•  Conchas Místicas – Usadas para fazer Ambrosia of Legends à la Cube e atrair pokemon raros e lendários.

Receitas Pokémon Quest – Lista de Receitas

Desbloquear receitas em Pokemon Quest é fácil, primeiro você precisa fazê-las usando ingredientes que você ganhou enquanto estava nas Expedições. Cada receita tem uma descrição que te dá uma idéia do que você precisa colocar em seu pote para atrair um certo tipo de pokemon, o número entre parênteses ao lado de cada ingrediente se refere à quantidade exata que você precisa colocar. Isso ajudará você a descobrir o que cada refeição faz em Pokemon Quest.

Prato Ingredientes Efeito Receita Recomendada

Mulligan Stew à la Cube
Qualquer Ingrediente Atrai Qualquer Pokemon  +  = (Especial)

3   +  = (Especial)

2 + 2 s +  = (Especial)


Red Stew à la Cube
Pelo menos 4 Ingredientes Vermelhos Atrai Pokemon Vermelho = (Normal)

+ 3 ou mais  = (Bom)

+ 2 ou mais  = (Muito Bom)

4 ou mais  = (Especial)


Blue Soda à la Cube
Pelo menos 4 Ingredientes Azuis Atrai Pokemon Azul 5   = (Normal)

+ 3 ou mais  = (Bom)

5  = (Especial)


Yellow Curry à la Cube
Pelo menos 4 Ingredientes Amarelos Atrai Pokemon Amarelo 5  = (Normal)

+ 2 ou mais  = (Bom)

4 = (Especial)


Gray Porridge à la Cube
Pelo menos 4 Ingredientes Cinzas Atrai Pokemon Cinza 5  = (Normal)

+ 3 ou mais  = (Bom)

4 ou mais  = (Especial)


Mouth-Watering Dip à la Cube
Muitos Ingredientes Azuis e Suaves Atrai Pokemon tipo ÁGUA 3   + 2  = (Normal)

3 + +  = (Bom)

+ 2 + 2  = (Especial)


Plain Crepe à la Cube
Muitos Ingredientes Doces e um pouco Cinza Atrai Pokemon tipo  NORMAL 3   + 2 = (Normal)

2 + + 2  = (Bom)

2 + + 2  = (Muito Bom)

2 + +2   = (Especial)


Sludge Soup à la Cube
Muitos Cogumelos e Muitos Ingredientes Suaves Atrai Pokemon tipo  VENENO  + 2   = (Normal)

2 + 2  = (Muito Bom)

3  +   = (Especial)


Mud Pie à la Cube
Poucos Minerais e Muitos Ingredientes Suaves Atrai Pokemon tipo  TERRA  + 2 = (Normal)

2 + + 2  = (Especial)

3 + 2  = (Especial)


Veggie Smoothie à la Cube
Muitas Plantas e um Pouco de Ingredientes Macios Atrai Pokemon tipo  PLANTA 3  + = (Normal)

+ 2  = (Muito Bom)

+ = (Especial)


Nectar à la Cube
Muitos Ingredientes Doces e Amarelos Atrai Pokemon tipo  INSETO 2 + 2  = (Bom)

3 + +  = (Muito Bom)

3 + = (Especial)


Brain Food à la Cube
Muitos Ingredientes Doces e um pouco de Ingredientes Duros Atrai Pokemon tipo  PSYQUICO 3   + 2 = (Normal)

2 + 2 +  = (Bom)

2 +  +  +   = (Muito Bom)


Stone Soup à la Cube
Cheio de Ingredientes Duros e Minerais Atrai Pokemon tipo  PEDRA 3 + 2  = (Normal)

2 + 2 +  = (Bom)

3 + +  = (Muito Bom)

3 + +  = (Especial)


Light-as-Air Casserole à la Cube
Muitos Minerais e um pouco de Planta Atrai Pokemon tipo  VOADOR 3 + 2  = (Normal)

2 + + 2  = (Muito Bom)

3 + 2  = (Especial)


Hot Pot à la Cube
Muitos Cogumelos e um pouco de Ingrediente Vermelho Atrai Pokemon tipo  FOGO 3 + 2   = (Normal)

3 + +  = (Bom)

 + 2 +  = (Muito Bom)


Watt a Risotto à la Cube
Muitos Ingredientes suaves e Muitos Ingredientes Amarelos Atrai Pokemon tipo  ELÉTRICO  + 2  = (Normal)

2 +  = (Muito Bom)

3 + = (Especial)


Get Swole Syrup à la Cube
Muitos Ingredientes doces e cogumelos Atrai Pokemon tipo  LUTADOR 2   + 2  +  = (Bom)

2 +  +  +  = (Muito Bom)


Ambrosia of Legends à la Cube
Utilizando muitos Ingredientes Raros Atrai Pokemon tipo  LENDÁRIO
Exemplo: Articuno, Zapdos, Moltres, Mewtwo e Mew
+ 3 Outros = (Bom)

+ 2  + 2 Outros = (Muito Bom)

 + 3  + Outro = (Especial)

Mewtwo

2-4  = Pássaros Lendários

 

Como obter mais panelas em Pokemon Quest?

À medida que você avança mais e mais nas expedições em Pokemon Quest, você precisará de níveis mais altos de pokemon para vencer cada um deles. Atrair pokemon de alto nível em Pokemon Quest é muito semelhante a atrair outros pokemons. Você precisará atualizar seu pote de cozinha para atrair os melhores pokemons, com até três atualizações disponíveis no total. Você pode obter novas e melhores Cooking Pots comprando cada um dos pacotes de cosméticos Expedition localizados na loja. Aqui estão todas as atualizações do pote em Pokemon Quest:

Pote Comum – Requer 3 de cada ingrediente
Pote de Bronze – Exigem 10 de cada ingrediente = Pokemon Level 20+ com +50 de Stats Bonus
Pote de Prata – Exigem 15 de cada ingrediente = Pokemon Level 40+ com +100 de Stats Bonus
Gold Pot – Requer 20 de cada ingrediente = Pokemon Level 70+ com +300 de Stats Bonus

Cada atualização subsequente do Cooking Pot em Pokemon Quest requer mais e mais ingredientes em cada slot. Isso permitirá que você atraia os melhores pokemons em Pokemon Quest.

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Análise Completa: BlazBlue Cross Tag Battle

Impressionando o mundo com Dragon Ball FighterZ, a Arc System Works está de volta para mostrar uma vez mais o porquê de ser reconhecida como uma das melhores criadores de fighting games.

Conhecida pelas séries Guilty Gear e BlazBlue, a Arc System Works é uma companhia irreverente e excêntrica, que a momento algum pensa em descartar as suas origens Japonesas. Pelo contrário, aposta a dobrar nas suas raízes e o resultado são títulos que podem surpreender por diversas razões: fighting games de estética anime, com um gameplay incrivelmente frenético e com trilhas sonoras marcadas por guitarras que cospem electricidade.

Depois dos combates 3 vs 3 de Dragon Ball FighterZ e dos confrontos 1 vs 1 de BlazBlue, a Arc System Works aposta agora em confrontos 2 vs 2 na forma de BlazBlue: Cross Tag Battle.

O nome já diz tudo: um fighting game inserido na série BlazBlue, com combates tag onde quatro universos se cruzam em momentos totalmente inesperados. Cross Tag Battle é isso mesmo, mais uma amostra explosiva do ADN da Arc System Works.

Neste cruzamento de universos, encontrará vários dos mais conhecidos personagens de BlazBlue que são transportados para um local desconhecido. Ali vão cruzar com personagens de Persona 4: Arena, Under Night In-Birth e RWBY, outras propriedades intelectuais. Neste cruzamento de destinos, BlazBlue: Cross Tag Battle mantém a essência de todos os personagens dos universos convidados – desde a sua personalidade, relação entre si e com a historia. Isto é descoberto através do Episode Mode, um dos modos principais de BlazBlue: Cross Tag Battle e bem ao estilo que da companhia.

Este Episode Mode é uma espécie de novela visual, com quatro perspectivas diferentes do mesmo evento, uma para cada universo. Cada uma destas histórias está dividida em dez capítulos e no caso do Episódio BlazBlue, terá de jogar diversas vezes, escolhendo diferentes opções em alguns diálogos para obter finais diferentes . O Episode Mode é relativamente curto, mas para alcançar o verdadeiro final, terá que repetir o Episode BlazBlue. Os diálogos são divertidos e o encontro entre personagens de diferentes universos resulta em momentos muito cómicos e que valem a pena.

“Cross Tag Battle é uma electrizante explosão de combos altamente acessível”

Pelo meio dos diálogos e em outros modos, poderá controlar os personagens em duelos de 2 vs 2, como já falado, onde pode criar duplas com os lutadores destes quatro universos. Se jogou a beta de BlazBlue: Cross Tag Battle ou qualquer outro título 2D da Arc, sabe que é um brilhante e estonteante as lutas.

Falando sério, o gameplay em BlazBlue: Cross Tag Battle é tão feroz e dinâmico que os combates podem terminar em uma velocidade inacreditável. Este é um fighter anime e isso significa que além dos visuais, também terá movimentos absolutamente loucos e de arregalar os olhos.

Uma das filosofias da Arc System Works para o BlazBlue: Cross Tag Battle foi apostar numa gameplay altamente acessível, que permite deferir combos de arregalar os olhos com uma incrível facilidade. Este é talvez o elemento que poderá dividir a comunidade adepta deste género, BlazBlue: Cross Tag Battle consegue ser fantástico, mas também pode se tornar muito simples para alguns. É um equilíbrio sensível, mas a Arc optou por este gameplay rápido e descomplicado. Isto significa que facilmente pode trocar de personagens, combinar golpes e executar movimentos especiais.

BlazBlue: Cross Tag Battle te deixa executar combos automáticos e a grande maioria dos combos são executados de forma muito simples. No entanto, a Arc equilibrou a experiência o suficiente para introduzir profundidade e impedir que se torne um “mash fest“. O ritmo é incrível, os personagens se movimentam com incrível fluidez e poderá facilmente cair na tentação de pressionar sem parar os botões. O gameplay é simples o suficiente para permitir resultados com essa postura, mas diante de um jogador mais experiente, não será vitorioso.

BlazBlue: Cross Tag Battle consegue introduzir diversas camadas no seu gameplay, através dos diferentes personagens com vários estilos de combate. Se os combos são fáceis de executar, combinar tag combos ou coordernar os movimentos no melhor timing para prolongar as combinações pode se tornar uma arte, apenas ao alcance dos jogadores mais habilidosos. A facilidade do gameplay também pode ser encarada de outra forma – você pode conseguir resultados de forma rápida e fácil, mas o seu adversário também pode. Isto pode apresentar uma inesperada revira volta, você não quer cometer o erro de deixar seu jogo instintivo abrir as suas defesas para combos devastadores do adversário.

Tudo isto para dizer que apesar da Arc System Works cumprir seu propósito: apresentar um fighter anime totalmente electrizante e feroz, promovido pelo seu sistema de combate incrivelmente acessível e gratificante para qualquer tipo de jogador, existe aqui profundidade suficiente e um gameplay capaz de permitir combates verdadeiramente sensacionais. Foi esse equilíbrio que mais me espantou e me deixou totalmente rendido ao talento da Arc em BlazBlue: Cross Tag Battle.

Sobre o modo online, onde a grande maioria dos jogadores vai passar muito tempo, BlazBlue: Cross Tag Battle te apresenta o sistema de lobbies visto na série Guilty Gear, aquele espaço 3D que você percorre com o seu avatar. Os combates que disputei aconteceram de forma satisfatória e apenas ocasionalmente tive algum tipo de problema.

Antes de terminar, existem dois aspectos que merecem ser mencionados. O primeiro é a qualidade gráfica. Se na trilha sonora a Arc consegue músicas vindas de outros jogos e garante de imediato uma grande qualidade, nos visuais BlazBlue: Cross Tag Battle já é diferente. Dependendo do universo ao qual os personagens pertencem, a sua qualidade também varia e alguns surgem com um tom mais pixelizado do que outros. É algo que não deveria acontecer.

O segundo aspecto a mencionar é a política apresentada pela Arc para a distribuição de personagens base e DLC. Se você acompanha o jogo, sabe que isso já deu o que falar e apesar dos 20 personagens estarem a caminho como DLC (alguns deles serão gratuítos), os 20 personagens que você tem no jogo representam um leque satisfatório. O preço reduzido tenta também compensar essa decisão, mas você irá sentir falta que alguns dos seus personagens favoritos só estarão como DLC.

BlazBlue: Cross Tag Battle conquistou-me pela sua simplicidade e pela gratificação imediata, equilibrada com as ferramentas necessárias para um gameplay de maior profundidade. Elétrico e frenético bem ao estilo da Arc System Works, é mais uma aposta muito sólida que ramifica as ofertas da companhia neste género. Se você é como eu que vibrou com Guilty Gear Xrd, acompanha a série BlazBlue e também adora Dragon Ball FighterZ, BlazBlue: Cross Tag Battle é mais um anime fighter de grande qualidade.

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Agony – Análise – descida aos infernos

Quando no final de 2016 a produtora polaca Madmind Studio, composta por membros que trabalharam em The Witcher 3 e The Division, anunciou a entrada no kickstarter para financiar Agony, os produtores não tinham em mente criar um jogo de terror que pudesse revolucionar o género. Em vez disso, apresentariam uma descrição gótica, horrífica e visceral do inferno, uma descida às catacumbas flamejantes envolta em peculiares mecânicas, puzzles e um sistema de combate de âmbito “stealth”. O jogo entrou numa fase de desenvolvimento acelerado e culminou num atraso de quase dois meses perante a data originalmente anunciada.

Apesar dos méritos, especialmente na dimensão artística do inferno, quando quando mergulhamos nesta realidade adornada de tons soturnos, sombras e cores avermelhadas, é perceptível um propósito em levar por diante os jogos de terror. Agony encaixa no género survival, promovendo elementos “stealth”, mas é também um jogo de terror. Resvala para o gore e gótico em moldes de uma aventura na primeira pessoa, fugindo por isso da base terrestre de Resident Evil, especialmente o último episódio da série que não só conseguiu retomar as origens da série como projectar uma nova dimensão.

De certa maneira é isso que pretendem os produtores de Agony, mais do que revolucionar, promover um novo contexto e para isso parecem ter lançado alguns pontos de partilha: a perspectiva na primeira pessoa e a existência de imensos puzzles. Mas enquanto que no jogo da Capcom, do ponto de vista técnico e jogabilidade a execução não dá grande margem para dúvidas, em Agony a implementação passou por mais dificuldades, sendo notórios alguns problemas, especialmente no quadro gráfico, com uma frame rate abaixo dos 60 fps e abundante “screen tearing”. Existem outros pontos a depurar, mas de um modo geral é um jogo com um desempenho manifestamente abaixo do esperado, face ao trailer inicial, pese embora o bom conceito e a premissa, que não só não desapareceram como até promovem a peculiaridade desta obra.

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Tennis World Tour – Análise – ténis com estilo

Depois do afastamento (temporário) de dois bons rótulos do ténis virtual (Virtua Tennis e Top Spin), a modalidade ficou quase sem representantes, resumida ao super poderoso Mario Tennis. No contexto das actuais consolas, só AO International Tennis quebrou a pausa prolongada nos “courts”, mas sem grande estrondo no que toca a reunir os adeptos da modalidade. É neste contexto que nos chega Tennis World Tour, disposto a retomar a dignidade dos campos de ténis que existiu no passado e a ocupar porventura o lugar mais ambicionado, com foco na simulação e tendência arcade.

Produzido pelo Breakpoint Studio e editado pela Bigben Interactive, TWT conta nas suas fileiras com alguns produtores com créditos firmados em Top Spin, não sendo propriamente um estúdio inexperiente na modalidade. A franquia é nova, com uma margem de evolução ainda muito significativa. Por aqui, aquando o Estoril Open, escrevi umas primeiras impressões depois de um contacto prolongado com uma demonstração que foi possível experimentar no evento. O feedback foi positivo, especialmente no capítulo da jogabilidade, mas faltava compreender o jogo na sua completa dimensão.

Integradas num misto arcade e simulação, as partidas são rápidas e enérgicas. A jogabilidade traduz-se num ponto forte, cujo domínio é essencial nas suas múltiplas vertentes a fim de levarem de vencida os adversários mais fortes. No entanto, é também um jogo bastante acessível, com uma componente típica dos jogos arcade, através da qual qualquer jogador facilmente se adapta ao ritmo e estilo de jogo.

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ICEY – Análise – Hack n Slash 2D cheio de estilo

ICEY é o primeiro jogo da Chinesa FantaBlade Network e apesar de estar disponível desde o final de 2016 em várias plataformas, a chegada à Nintendo Switch permitiu-nos olhar com mais atenção para este indie.

É fácil olhar para ICEY e verificar a sua identidade oriental, um Hack n Slash com ideias muito promissoras, um estilo visual muito satisfatório e um gameplay que parece querer transpor para um formato 2D mecânicas e conceitos geralmente vistos em jogos hack n slash 3D. ICEY não esconde as suas origens humildes, mas isso apenas o torna mais interessante.

ICEY é um hack n slash 2D onde conhecerás uma protagonista com o mesmo nome e, através de um narrador interactivo que frequentemente quebra a barreira para falar contigo, percorrerás diversos locais. Como em todos os jogos do estilo, seja em 2D ou 3D, ICEY conta com uma mecânica que o torna mais profundo e gratificante, evitando o banal martelar de botões. Em ICEY, essa mecânica é um movimento de deslocação rápida que permite chegar a locais de outra forma inacessíveis ou evitar ataques de inimigos. Aqui, o timing é essencial e se activares a mecânica no momento certo, ICEY poderá atacar instantaneamente o adversário. É esta simples mecânica que torna ICEY empolgante.

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Sega Mega Drive Classics – Análise – do sótão das memórias para os novos consoles

Sega Mega Drive Classics perfila-se como a versão definitiva das várias recompilações lançadas pela Sega, baseadas nos clássicos para a Mega Drive, a consola 16 bit que teve nos primeiros anos da década de 1990 o seu apogeu. Para além de agregar algumas das melhores, mais populares e mais importantes franquias da primeira fase e que de algum modo contribuíram para consolidar a Mega Drive como uma referência (na América do Norte a consola é conhecida como Sega Genesis), Sega Mega Drive Classics oferece a possibilidade de jogar online os jogos com aptidão para pelo menos dois jogadores, uma série de desafios, vários parâmetros de personalização em termos gráficos e uma série de extras que fazem desta colecção a mais avançada até à data.

Todos sabemos que a emulação há muito que ocupa um espaço central, sendo muitos os utilizadores que se dedicam a melhorar e criar códigos de modo a obter uma experiência tão exacta e enquadrada no formato original (o lag é sempre o maior problema da emulação quando não muito bem sucedida). Mas nem por isso as editoras deixam de apostar nos seus clássicos, numa altura em que a nostalgia atinge novos picos.

Recentemente a Nintendo brindou-nos com dois sistemas mini, a NES e NES Mini, duas consolas em formato miniatura com capacidade para correr mais de duas dezenas de jogos criados especificamente para as originais. A emulação é boa e até os comandos são réplicas perfeitas dos originais. A Sega já anunciou que irá produzir uma Mega Drive mini, por enquanto apenas para o Japão, mas é a comprovação de uma realidade cada vez mais vincada para os clássicos.

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Far Cry 5: Hours of Darkness – Análise – Resgate rápido

Far Cry 5 chegou às lojas a 27 de Março como uma irreverente aposta da Ubisoft Montreal nos jogos de acção na primeira pessoa em mundo aberto. Um jogo repleto de constantes alfinetadas à cultura e sociedade dos Estados Unidos da América, onde o humor e excentricidade andou de mãos dadas com o chocante e violento. No entanto, a primeira expansão, Hours of Darkness, não te transporta para Montana, onde foste um agente da lei numa missão contra o líder do culto, aqui és transportado para o Vietname, numa missão de resgate.

Hours of Darkness dá-te um espaço ligeiramente mais pequeno que qualquer uma das três zonas no jogo principal e transforma Montana numa selva algures no meio do Vietname. Quando um grupo de soldados está pronto para voltar a casa, o seu helicóptero é abatido e começa uma missão de sobrevivência até ao ponto de resgate. Este conflito foi incrivelmente marcante para os EUA e ainda hoje é mencionado pelas consequências que deixou em muitos cidadãos, não sendo por acaso que foi escolhido como palco para esta expansão.

Quando acordas, após o acidente, dás por ti perdido no meio da selva e terás essa missão de chegar ao ponto determinado para te resgatar. No entanto, as probabilidades de sobrevivência são poucas e o teu apoio aéreo apenas funciona onde não existe artilharia anti-aérea. Como no jogo principal, Hours of Darkness recompensa a exploração da selva e ocasionalmente encontrarás documentos com pontos adicionais de interesse. Nesses locais poderás cumprir os 9 desafios opcionais e encontrar companheiros que precisam de ajuda.

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Street Fighter 30th Anniversary Collection – Análise – Uma homenagem quase perfeita

A Street Fighter 30th Anniversary Collection está finalmente disponível nas lojas e podes acreditar que não é exagero quando digo que é uma homenagem quase perfeita à série. Esta é uma carta de amor à série de Ryu e Ken, uma demonstração de entusiasmo a ser partilhada por todos os fãs. Esta é uma colectânea que celebra três décadas de Street Fighter, uma série na qual todos os envolvidos dedicaram todos os seus esforços a torná-la numa referência, capaz de revelar através de fighting games uma arte majestosa e imponente. Foi em 1997 que começou esta perseguição pela perfeição, elevada pela vontade de melhorar a cada novo jogo.

Agora é hora de celebrar e a Capcom foi além de anteriores tentativas. Esta não é a primeira vez que tens uma colecção de Street Fighter nas mãos, mas se tal como eu cresceste com os jogos da Capcom como companhia nas tardes fora da escola, esta é provavelmente a que maior significado terá para ti. Street Fighter 30th Anniversary Collection honra o nome Street Fighter, demonstra o seu legado e explora bem a forma como cada jogo se tornou numa referência no seu lançamento.

A Capcom é dona de um legado incrível, que inclui algumas das mais sensacionais séries de uma era em que a sensação arcada era incrivelmente importante nesta indústria. A série Street Fighter faz parte dessa era em que sonhavas em ter em casa ports perfeitos dos melhores sucessos das arcadas, uma jornada que poderás acompanhar nesta colecção que agora chegou às lojas. Não é perfeita, é quase perfeita, mas facilmente apelará ao fã de Street Fighter que existe em ti.

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Destiny 2: Warmind – Análise – Melhor, mas insuficiente

Após uma primeira expansão para Destiny 2 que deixou muito a desejar, tanto em história como em conteúdos, a Bungie tinha bastante a provar com Warmind, a segunda expansão e o último conteúdo incluído no Season Pass da sequela. Apesar disto, esta expansão não marca o final para Destiny 2, pelo contrário. É do conhecimento público que a Bungie está a desenvolver uma grande expansão para a segunda metade de 2018, mas para voltar a construir uma imagem positiva da franquia, é necessário que Warmind seja um passo em frente e não um retrocesso aos maus hábitos da Bungie como em The Curse of Osiris.

A nova expansão leva-nos para Hellas Basin em Marte e explora a história de Rasputin, a misteriosa Warmind com a qual já contactamos no primeiro Destiny mas cujas origens, motivos e Modus Operandi ainda não tinham sido explicados. Os fãs de Destiny sabem que o lore e o universo que a Bungie criou é fantástico e que o potencial é imenso, no entanto, a Bungie tem falhado em converter esse potencial em algo palpável. Já o tínhamos dito antes, mas aqui fica mais uma vez: a história de Warmind é extremamente curta, mas mais importante, é mal aproveitada e tem uma construção básica.

Na história conhecemos Ana Bray, uma Guardian que está a tentar encontrar a instalação Clovis Bray em Marte e desvendar os segredos de Rasputin. Depois de respondermos a um pedido de ajuda de Ana e de lutarmos contra hordas de monstros Hive congelados (uma variação dos Hive normais), entramos na base de Rasputin e encontramos imediatamente Zavala. Na mesma cena é introduzido rapidamente Xol, um Worm God da Hive e que é a nova ameaça que temos de derrotar. Tudo acontece sem grande aparato, com transições bruscas, deselegantes e que culminam numa história que, para além de ser curta, não aproveita o lore fantástico de Rasputin e dos Worm Gods (Xol, um deus da Hive que era uma ameaça para Rasputin, é derrotado tão facilmente que até mete dó).

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Battle Chasers: Nightwar – Análise – Um belo clássico ao estilo dos anos 90

Battle Chasers: Nightwar chegou em Outubro à Xbox One, PlayStation 4 e PC, mas a chegada da versão Nintendo Switch permitiu-nos finalmente entrar neste curioso mundo da Airship Syndicate. É fácil perceber que Battle Chasers: Nightwar é um produto de paixão, desenvolvido com um propósito muito específico. Nightwar é um jogo que tenta demonstrar o fascínio dos seus criadores pelos JRPGs clássicos dos anos 90, os jogos que serviram para deslumbrar o imaginário de legiões de jogadores. No entanto, apenas se tornou numa realidade graças à ajuda do financiamento público, o que revela bem o quão desejado foi e ainda é. Além destes dois factores, Battle Chasers: Nightwar é um jogo especial pois dá uma nova vida a uma aclamada propriedade intelectual que ficou esquecida.

Battle Chasers nasceu como um comic de Joe Madureira e se tiveste a oportunidade de os ler, sabes bem que esta série não foi terminada. Isso é algo que sempre incomodou os fãs e também o próprio criador. Nightwar ressuscita esse universo nascido nos comics e apresenta-o num novo meio, num videojogo que poderá ser encarado como um dos mais interessantes RPGs da actualidade. Algo que é preciso ter em conta é que Battle Chasers: Nightwar foi desenvolvido por um estúdio pequeno e, como já referido, com a ajuda de financiamento público. Isto revela as suas origens humildes, mas também torna o resultado muito mais impressionante do que poderias esperar.

Em Battle Chasers: Nightwar conhecerás Garrison, Callibreto, Red Monika, Knola e Gully, personagens que mantém o excelente estilo apresentado por Madureira nos comics, que vão parar a uma ilha misteriosa quando são atacados por bandidos. Isto leva-os a enfrentar um grupo que não queria a sua presença naquela ilha e acabam por encontrar Alumon, que os ajuda na sua jornada. Neste mundo arcanepunk, a estética cyberpunk é usada num mundo onde existe magia e feitiços, algo que se reflecte nos cenários e no sistema de combate. A trama não é o melhor elemento do jogo, mas cumpre o seu propósito, mas as pequenas cutscenes estilo comic encaixam na perfeição. A Airship tentou criar uma narrativa apelativa e até te dá a oportunidade de encontrar diversos livros ou missões secundárias que exploram o lore desta ilha, mas são os restantes elementos que cativam.

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Detroit: Become Human – Análise – O teste de Turing

Por muito tempo que as formas de entretenimento têm imaginado e especulado sobre a inteligência artificial e como um dia poderá superar e entrar em conflito com os seres humanos. Nas últimas décadas de cinema, tem sido um tema recorrente e foi o material fonte para sagas icónicas como Terminador, Blade Runner e The Matrix. Com Detroit: Become Human, a Quantic Dreams, produtora francesa celebrada pelos seus jogos altamente cinematográficos, pega no mesmo tema para contar uma história emocional em que o jogador tem um papel activo nas escolhas dos três protagonistas e, ultimamente, no final da narrativa.

É o mesmo estilo a que a Quantic Dreams nos habitou com Heavy Rain e Beyond: Two Souls na PlayStation 3, que embora tenham temas diferentes, representam o molde que o estúdio usou para criar Detroit: Become Human. É um jogo altamente focado na história com decisões que se dividem em ramos e que alteram o rumo dos acontecimentos, mas houve esforço do estúdio para permitir decisões mais abrangentes e com impacto, ao ponto que podemos matar os protagonistas e anular qualquer impacto que teriam no desenvolvimento no próprio. Estou a dizer isto por experiência própria… no final do jogo sobrou-me apenas um dos protagonistas, se bem que os outros dois duraram até quase o final.

Apesar deste tema estar longe de ser inovador, a Quantic Dreams optou por uma abordagem diferente e colocou-nos a jogar no papel dos andróides. No total são três os protagonistas que controlamos: Kara, uma dona de casa, Connor, um investigador policial, e Markus, um andróide de companhia. O palco para a história que a Quantic Dream nos quer contar é a cidade de Detroit no ano 2038. Conhecida por ter sido o berço da revolução automóvel com a Ford, a cidade passou por uma nova revolução, desta vez causada pela Cyberlife, a companhia que fabrica os andróides que se tornaram uma visão comum em todos os recantos da cidade.

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