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Batman: The Enemy Within – Análise – Gotham Asylum

A Telltale Games revolucionou o mundo dos videojogos quando apresentou aventuras narrativas interactivas que te aliciam com a possibilidade de sentir que as tuas decisões afectam futuros acontecimentos. Depois do pico de popularidade, das parcerias e da estagnação, a Telltale tem tentado encontrar um delicado equilíbrio. Por um lado, tenta manter a sua estrutura e gameplay que a tornou célebre, mas pelo outro tenta tons mais arrojados à altura das propriedades com as quais colabora e alguns avanços nas suas ferramentas. Recentemente, joguei o seu Guardiões da Galáxia e senti o peso da estagnação e o enredo forçado que não aproveitava o melhor dos seus personagens, mas Batman: The Enemy Within já me deixou uma sensação diferente.

A Telltale não tenta aqui recriar uma história que já conheces, tenta criar o seu próprio universo, a sua visão deste personagem altamente popular e do restante elenco que encanta milhões de fãs dos comics da DC Comics. É uma aposta arriscada, mas que se torna aliciante pois abre espaço para surpresas e interpretações do universo Batman que podem arrebatar os fãs. É aqui que sinto que The Enemy Within resulta, no aproveitamento das personagens, nas situações que apresenta e na forma como consegue capturar a essência e personalidade de alguns dos mais poderosos personagens do universo de Batman.

É inegável que ainda sentirás as amarras das experiências Telltale que não são tão interactivas quanto prometem, pelo menos em termos de consequências das escolhas. Esse poderá ser o maior problema que a Telltale terá de resolver, mas pelo menos notas um esforço em querer melhorar, em criar uma melhor sensação de interactividade com aquele mundo. Na maior parte do tempo estarás a responder a perguntas em diálogos e ocasionalmente terás uma pequena área com quebra-cabeças simples para resolver. A experiência mantém-se dentro do esperado, mas as situações, o tom ousado do argumento, a forma como apresenta algumas personagens como Amanda Waller ou Jim Gordon e a sua relação com Bruce Wayne/Batman, dão-te acesso a momentos intensos que criam uma narrativa forte e até imprevisível.

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