Em um momento da indústria em que os serviços por subscrição começam a ganhar mais visibilidade e numa altura em que serviços como Netflix e Spotify tomaram conta das indústrias da televisão e música, respectivamente, é cada vez mais oportuno falar do futuro dos games.
A Microsoft é conhecida pelos seus serviços como o Game Pass, que alguns consideram a Netflix dos jogos, mas apesar de alguns rumores, isto não significa que a companhia apostará num futuro focado somente nos serviços por subscrição.
Ben Decker, gestor de serviços na Xbox, juntou-se a Matt Percy, responsável pelo planeamento no Game Pass, falaram sobre o futuro e não sentem que as subscrições vão dominar.
“Quando o lançamos, pensamos que ter uma quantidade crescente de títulos, era o que importava para os jogadores. Mas acontece que, não é mesmo isso que eles pedem,” disse Decker.
“O que ouvimos dos nossos clientes não é, ‘Quero uma assiantura com centenas e centenas de jogos’. O que ouvimos deles é, “Quero uma assinatura com 100 ou pouco mais de 100 jogos. Mas quero que sejam jogos muito bons. Quero que seja um catálogo selecionado onde sei que exista algo muito, mas muito bom de jogar.”
O objetivo não é ter uma subscrição com acesso a todos os conteúdos, o Game Pass foi pensado como uma parte do ecossistema, um complemento e Decker acrescenta que, “não vemos um futuro onde as subscrições serão dominantes.”
“Vemos um futuro onde o cliente tem a escolha entre assinar e comprar para ser dono, onde existe um ecossistema misto pois isso é o que os clientes querem e é o que os criadores querem.”
Para a Microsoft, o Game Pass está ajduando vários jogos a crescer em popularidade e dá o exemplo de Sea of Thieves, cujos 5 milhões de jogadores são uma boa indicação do objetivo do serviço.
“Sea of Thieves tem mais de 5 milhões de jogadores e atribuímos muito desse sucesso ao fato do jogo estar no Game Pass. State of Decay tem mais de 3 milhões de jogadores. Não acredito que esses títulos chegam a esse nível de adoção na comunidade sem a sua inclusão no Game Pass,” disse Decker.
Acima de tudo, a Microsoft quer dar mais opções de escolha aos estúdios, editoras e jogadores. Quem quiser colocar o jogo no Game Pass é bem-vindo, quem quiser aderir é bem recebido. Pelo outro lado, se preferem comprar e guardar, também está tudo bem.