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Sea of Thieves – Análise – Um mar meio-cheio

Depois de anos agarrada ao Kinect, desenvolvendo jogos para o descontinuado dispositivo da Microsoft, a Rare teve novamente a oportunidade de brilhar com Sea of Thieves, um promissor jogo de piratas que une duas coisas altamente procuradas nos jogos actuais: um mundo aberto e a possibilidade de partilhar a experiência com mais pessoas. Parecia que a Rare tinha encontrado ouro com o seu novo jogo, mas a realidade é bem diferente: após dias a jogar a versão final, que está disponível desde 20 de Março, chegamos à conclusão que o jogo não tem muito mais para oferecer do que aquilo que já tínhamos visto na beta.

Na nossa antevisão, com base naquilo que tínhamos experimentado na beta, sublinhamos a necessidade de longevidade e de desafios superiores, mas a versão final não consegue entregar isso. O charme do jogo é inegável e enquanto jogávamos tivemos momentos muito divertidos com os nossos companheiros, fosse a beber e a vomitar para um balde para fazer uma guerra de vómitos, fosse a trocar tiros de canhão com outros jogadores que se atreviam a meter-se no nosso caminho. O problema é que a diversão é limitada e, numa questão de horas, não há muito mais para ver.

Existe uma inevitável sensação de dejá-vu. Esta geração já passaram pelas minhas mãos uma série de jogos online com mundos persistentes. Primeiro Destiny, depois The Division e agora Sea of Thieves. Tanto Destiny como The Division tinham problemas aliados à falta de variedade e de conteúdos, mas Sea of Thieves consegue ser pior. Sem qualquer tipo de história, o jogo resume-se na sua maioria a três tipos de missões: encontrar tesouros, matar esqueletos e encontrar animais. É esta a estrutura de Sea of Thieves. Completar estas missões, subir de rank nos respectivos NPCs e juntar ouro suficiente para comprar itens cosméticos para a nossa personagem e para o barco.

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