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Night in the Woods – Análise

Night in the Woods chegou em Fevereiro de 2017, num momento em que ainda existia imensa incerteza em torno da Nintendo Switch, que ainda nem sequer tinha chegado às lojas. Foi recebido com incrível entusiasmo pelos adeptos dos indies e foi referenciado como um dos melhores jogos de 2017 para os que apoiam os projectos independentes. Um ano depois, esta experiência narrativa com uma intrigante sensação de estilo visual e sonoro, é um dos mais recentes indies a tentar a sua sorte na Nintendo Switch. A nova querida dos indies está a entregar resultados incríveis para muitos pequenos estúdios. Pelo seu lado, Night in the Woods poderá ter dado à consola da Nintendo um dos seus melhores indies.

À semelhança de tantos outros indies, Night in the Woods aposta numa narrativa forte e actual, abundante em temáticas oportunas, capazes de estabelecer facilmente laços entre o seu mundo virtual e quem para ele espreita. Ao combinar isto com um estilo gráfico muito próprio, a Infinite Fall consegue um jogo que te apanha desprevenido e arrebata. De uma forma quase inexplicável, fiquei completamente agarrado pelo jogo e até o terminar, até descobrir os segredos da aparentemente pacata Possum Springs, não consegui sossegar. É um efeito fantástico que o jogo consegue e que apenas consigo comparar uma livro que te prende e que te deixa sempre com vontade de ler mais uma página.

Night in the Woods transporta-te para Possum Springs, uma pacata terrinha no meio do nada, algures nos Estados Unidos da América, num mundo habitado por animais (como gatos, raposas, ursos, corvos e outros). Apesar disto, esta Possum Springs é uma espécie de reflexo do actual estado político e social desse país, abundante em temáticas com as quais te identificas. Esta pacata localidade está atrasada na sua tecnologia, as fábricas fecharam forçando os habitantes tiveram de procurar novos empregos com os quais têm dificuldades (especialmente depois de uma vida a trabalhar em outra coisa), as lojas ou restaurantes correm o risco de fechar a qualquer momento e os jovens preferem ir embora do que ficar numa cidade que parece condenada.

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