Os jogos VR são extremamente peculiares e distintos de todos os outros, o que pode, por vezes, levar a dificuldades na sua classificação e análise – o intuito principal é, sem sombra para dúvidas, a criação de experiências imersivas que te colocam, quase literalmente, no mundo do jogo. Ao tirar partido de uma forma directa dos nossos sentidos, a experiência torna-se mais gratificante e as emoções – sejam elas tristeza, alegria, solidão, medo, adrenalina – multiplicam-se de forma exponencial.
Existe, no entanto, uma gigantesca contrapartida que tem vindo a assombrar a realidade virtual de uma forma geral e com a qual as produtoras têm de lidar já que a mesma pode denegrir seriamente a experiência: o que era suposto ser transcendente e assoberbante, torna-se rapidamente numa dor de cabeça literal ou má-disposição que culmina em uma de duas formas: ou terás que jogar o jogo com pausas demasiado frequentes que te fazem perder o fio à meada e experienciar a história de forma intermitente, ou terás, pura e simplesmente, de parar. Esta é uma das maiores desvantagens do VR e razão pela qual eu (e, imagino eu, muitas outros jogadores mundo fora), possuo um ligeiro receio em relação a este tipo de jogos, não havendo propriamente um jogo de realidade virtual que tenha aproveitado esta tecnologia ao seu máximo.
Moss veio abalar por completo as fundações e concepções que possuía sobre o VR. É pura magia.