A sequela de Middle-Earth: Shadow of Mordor é exactamente aquilo que pedimos. Quando analisamos o primeiro jogo da série em 2014, tecemos elogios ao inovador sistema Nemesis e à jogabilidade diversificada, mas ficamos desiludidos com a falta de um tom épico e um melhor aproveitamento do universo criado por Tolkien. Middle-Earth: Shadow of War é a resposta às nossas preses. Como seria de esperar numa sequela, existe uma sensação de familiaridade e inevitavelmente há elementos do primeiro jogo que foram reaproveitados, contudo, é notável a evolução e o empenho da Monolith Productions em corrigir os aspectos mais criticados.
Middle-Earth: Shadow of War é um jogo de acção em mundo aberto com elementos RPG. Foi assim que a Monolith Productions apresentou a sequela num evento que decorreu na semana passada em Londres e para o qual fomos convidados. Depois de uma breve apresentação, tivemos a oportunidade de testar o jogo. O foco estava nas fortalezas e numa nova dimensão estratégica. As fortalezas são a chave para conquistar uma região, mas antes de as invadirem, vão precisar de reunir um exército. Antes da batalha Talion pode recrutar quatro tipo de unidades.
As escolhas são várias, mas é preciso ter em conta que tipo de defesas é que a fortaleza tem. As fortalezas são dominadas por um Overlord (o vosso Nemesis daquela região) e por três comandantes. Como as vossas acções influenciam quem assumem as diferentes posições na hierarquia do sistema Nemesis, e como cada adversário da hierarquia tem forças e fraquezas diferentes, cada fortaleza será única.
As batalhas nas fortalezas são o elemento épico que faltava no primeiro jogo e até há discursos dos comandantes antes do confronto, um excelente pormenor que torna estes momentos mais teatrais. Assim que a batalha começa, as vossas unidades começam a correr para as muralhas. No meu caso, as muralhas foram destruídas imediatamente graças aos ogres gigantes que recrutei. O objectivo seguinte é conquistar três pontos estratégicos dentro da muralha. A quantidade de personagens no ecrã é surpreendente e ajuda a criar a sensação de que estamos envolvidos numa batalha de grande escala. Depois da batalha começar, as vossas unidades são autónomas. A vossa única preocupação, no papel de Talion, é ficar vivo, conquistar os pontos assinalados no mapa e matar o maior número possível de adversários.