Esta é uma era de entusiasmante diversidade em que tens a oportunidade de jogar experiências de todo o tipo e de todos os tamanhos. Desde os pequenos indies às ambiciosas produções de larga escala, poderás ser surpreendido a qualquer momento. Esta é também uma era que permite ver nascer jogos nascidos do mais variado tipo de inspirações. Enquanto uns se focam no futuro e pensam em seguir em frente, outros conquistam o sucesso recapturando a essência e alma de clássicos de outras décadas. A Tokyo RPG Factory foi criada pela Square Enix precisamente para esta segunda opção, recriar experiências que eram padrão há 25 anos atrás através da tecnologia actual, expandindo o leque de ofertas no género JRPG. Foi o que tentaram fazer com I Am Setsuna, lançado em 2016, e estão agora de volta com uma nova dose da mesma receita.
Lost Sphear é um jogo nascido de um estúdio cujo lema é criar JRPGs ao estilo dos clássicos da década de 90 e torna-se evidente que esse foi sempre o objectivo maior. Desde os primeiros instantes com o jogo que sentes que estás a jogar um jogo de uma outra geração, um título que captura uma essência específica através de mecânicas e elementos de design muito característicos. Seja a perspectiva aérea, a constante referência a Inns, os combates por turnos ou o mapa mundo, Lost Sphear apresenta todos os condimentos que eram considerados básicos num JRPG dos anos 90. Tendo em conta isto, não surpreende que Chrono Trigger e a série Final Fantasy sejam apresentados como as suas grandes inspirações, mas há mais.
Pensa numa qmecânica de um JRPG da Square Enix dos anos 90 que tenha sido aclamada pelos fãs e provavelmente vais encontrá-la neste jogo. Lost Sphear é uma espécie de ‘best of’ da Square Enix nessa década e será fácil encontrar uma divisão no trabalho da Tokyo RPG Factory: o que copiou na sua busca pela essência dos clássicos e o que foi forçada a criar. É particularmente interessante constatar que a base de todo o enredo de Lost Sphear é a própria missão da Tokyo RPG Factory, recuperar memórias e permitir que ganhem uma nova vida para uma nova audiência, com um novo propósito.