Não posso mentir, a minha fraca capacidade para suportar as experiências na realidade virtual tornam-me num fraco candidato para testar jogos para o PlayStation VR. No entanto, durante um recente evento em Madrid, chamado PlayStation VR Jourmeu e durante o qual a Sony apresentou duas das próximas propostas para o capacete de realidade virtual para a PlayStation 4, tive a oportunidade de conhecer um dos mais entusiasmantes projectos internos da companhia. Farpoint, desenvolvido pela Impulse Gear, é o nome desse projecto e muito possivelmente o primeiro jogo a demonstrar o verdadeiro potencial que a tecnologia tem para oferecer nas consolas. Apesar do capacete ser responsável por uma imersão totalmente diferente nos mundos interactivos, a interface que seguramos nas mãos é igualmente importante e este Farpoint parece posicionado para abrir a porta a um futuro repleto de potencial.
Tal como em praticamente todas as tecnologias que tentam enveredar por caminhos não traçados, a realidade virtual ainda tem muito a provar, especialmente aos mais acérrimos adeptos dos videojogos. A forma como interagimos com os mundos virtuais é altamente importante, e uma das peças fulcrais deste meio de entretenimento, e no caso do PSVR tão importantes quanto a imersão. Apesar da sensação que ainda estamos numa fase embrionária desta tecnologia, alguém tem de traçar o caminho e abrir a porta às potencialidade. Dependendo do investimento e do sucesso, estarão a demonstrar ao resto o que pode ser feito e em perspectiva, a tornar muito mais aliciante a criação de produtos feitos a pensar na realidade virtual. É o que a Impulse Gear está a tentar fazer, a tentar demonstrar como os jogos de acção na primeira pessoa podem subir de nível com o PSVR.
Assim que cheguei ao espaço do evento, foi possível ver Randy Nolta, um dos fundadores da Impulse Gear e um dos responsáveis por Farpoint, a calibrar o jogo para se preparar para as futuras apresentações. Farpoint foi o ponto alto da E3 2016 para quem queria comprar o capacete da realidade virtual da Sony, lançado a 11 de Outubro de 2016, e permanece como esse mais elevado objecto de curiosidade entre os compradores do PSVR. Como referi inicialmente, não aguentei praticamente tempo nenhum com o capacete na cabeça, mas isso deve-se à minha inaptidão para suportar a realidade virtual. Nolta e os membros da equipa da Sony conseguiram jogar mais de três horas sem sentir quaisquer problemas e vários jogadores que estiveram presentes conseguiram desfrutar de Farpoint sem sentir náuseas ou quaisquer problemas.