Vou ser directo: não há nada mais frustrante num jogo do que perder ou sentir que estamos a ser prejudicados por razões alheias. Esta foi, no geral, a minha experiência com EA Sports UFC 3. Este é o meu primeiro contacto com a série desde que a Electronic Arts adquiriu os direitos à Zuffa, mas joguei todos os jogos UFC da geração anterior quando a THQ ainda existia e detinha os direitos para produzir videojogos desta marca. Passados tantos anos, é uma desilusão verificar que este jogo, que já é o terceiro da série, consegue ser pior do que os seus antecessores num aspecto crucial: os combates, mais concretamente, a fluidez e a resposta dos controlos.
Num jogo de luta, seja realista, como neste caso, ou não, é importante que a resposta no ecrã aos nossos comandos aconteça o mais rápido possível. A resposta nunca é imediata. O sinal tem que viajar do comando para a consola, e da consola para a televisão. Todas as televisões têm, umas mais do que outras, um atraso de respostar e, por norma, é um atraso de milissegundos com dois dígitos. Não é um atraso perceptível de todo, mas quando o próprio jogo adiciona um input lag a todos os nosso comandos, a história é outra.
Depois de algum tempo a jogar, e de me familiarizar com os controlos e mecânicas do sistema de combate, comecei a aperceber-me que o lutador não respondia imediatamente. No início dos combates, quando a barra stamina ainda está cheia, não sentimos tanto isto, mas por volta da terceira ronda, quando a stamina está reduzida a um terço e o lutador que escolhemos já mostra desgaste, o atraso na resposta é frustrante. O problema não está apenas na ausência de fluidez que isto causa, está também na própria filosofia que o jogo aplica aos combates.