O meu tempo em torno de Pure Farming 2018 revelou-se bem mais proveitoso do que julgava. E no entanto este é daqueles jogos que nos mantém ocupados ao longo de grandes jornadas. Afinal, estamos perante um simulador agrícola, com toda a organização e extenso núcleo de tarefas. A minha dúvida – dado que nunca experimentei um destes simuladores – prendia-se com a naturalidade com que iria desempenhar as tarefas. Se era um jogo rápido na adaptação e entrada na produção agrícola, ou se teria que passar por longos diálogos e fases aborrecidas.
As experiências que tive com alguns jogos do género resumem-se às produções japonesas, nomeadamente o antigo e conhecido Harvest Moon, especialmente nas edições para a 3DS, e mais recentemente Story of Seasons. A fórmula de ambos tem permanecido mais ou menos similar ao longo dos anos, mas o que me preocupou sempre na entrada destes jogos é o incentivo algo reduzido ao longo das primeiras horas. As sequências de entrada, sendo lentas e pouco progressivas, ainda nos remetem para um peso excessivo nos diálogos, o que desmotiva significativamente.
Foi com boa nota e verdadeira surpresa que registei uma adaptação quase imediata logo nas primeiras horas ao serviço de PF 2018. Quando pensamos num jogo que simula a produção agrícola, a primeira ideia que nos atravessa a mente é o trabalho da maquinaria ao serviço das culturas. Pensei que pudesse perder-me em Pure Farming 2018 e eventualmente aborrecer-me por força de uma excessiva complexidade, mas aconteceu precisamente o contrário. Não há grandes perdas de tempo no que toca à história. Apenas fiquei a saber que tinha herdado uma grande produção do meu avô e chegara o momento de dar continuidade. Daí até começar a mexer as primeiras máquinas de corte e transporte foram dois passos.