Estamos numa era de híbridos em que géneros são combinados para apresentar experiências frescas e conceitos são misturados de formas impensáveis há anos atrás. É uma era dos videojogos onde se torna difícil distinguir um jogo numa categoria específica e isso significa uma coisa para ti: significa que os teus jogos têm o potencial para apresentar mecânicas mais abrangentes. Também significa que podes desfrutar de experiências mais dinâmicas e que as mecânicas de jogo estão mais elaboradas. É um momento entusiasmante, no qual os estúdios e editoras podem experimentar mais com as suas séries, procurando refrescar lançamentos de ritmo quase anual para fugir da ameaça da estagnação.
Parece ser o que a Bandai Namco pensou para a sua série Sword Art Online, baseada na popular manga, que descartou alguns dos elementos fundamentais e optou por cruzar ideias, manipular géneros e apresentar um conceito ligeiramente diferente. Fatal Bullet, o mais recente jogo na série, é um híbrido entre JRPG e jogo de ação na terceira pessoa, uma mistura de géneros que poderá desde logo revelar-se surpreendente. Deixando para trás o foco nas espadas dos Action RPGs da série, Fatal Bullet promove os tiros e a acção explosiva, mas mesmo assim honra o seu legado, através de vários sistemas de progressão, gestão de personagens e grinding. É precisamente aqui que Fatal Bullet se fragmenta e faz ricochete, o dinamismo do gameplay não combina em nada como a forçada e aborrecida gestão que veio do legado da série como JRPG.
Fatal Bullet decorre num outro jogo VMMO, onde criarás a tua personagem e conhecerás um novo mundo, onde as armas de fogo são a grande especialidade. Kirito e amigas também estão lá e apesar de passares muito tempo com eles a conversar, a tua personagem original e a IA que te acompanha são os grandes destaques, juntamente com algumas originais. Sendo um jogo SAO, este é um jogo no qual passarás muito tempo em conversas estilo novela visual, a ouvir vozes caricatas, a ler sobre temas estranhos e acima de tudo a constatar que a equipa continua a perder tempo com elementos menos interessantes. SAO sempre apresentou longas conversas embaraçosas, com pouco sentido, para tentar elevar o fan-service e as insinuações sexuais, algo que não falha em Fatal Bullet.