Vamos lá colocar os pontos nos “is”. A Nintendo Switch é o que a Wii U deveria ter sido, em todos os aspectos. Não está em questão apenas o evoluído conceito de portabilidade, que na Wii U era limitada, mas também a comunicação da Nintendo com as massas. A mensagem da Switch é simples e directa: podes levar a consola contigo e jogar em todo o lado, seja no conforto do sofá ou mesa de um café. Depois de três dias a experimentar a nova consola da Nintendo, a portabilidade é de facto a maior força da Nintendo Switch. A possibilidade de transportar a consola connosco e chegar a casa ou ao escritório e colocá-la na dock para jogar num ecrã maior é maravilhoso.
O conceito da Switch não é novidade. Para sermos justos, temos que fazer alusão à portátil Nvidia Shield, que em 2013 era capaz de correr jogos para PC com um desempenho razoável e podia ser ligada a uma televisão. A portátil não foi um grande sucesso para a Nvidia, todavia, é curioso verificar que quatro anos depois o hardware foi aproveitado pela Nintendo na Switch (o chip da Switch é baseado no Tegra, o mesmo tipo da portátil Shield). Ainda assim, há que dar mérito à Nintendo por aprimorar o conceito. Os Joy-Con, os comandos removíveis, estão bem desenhados e é muito fácil retirá-los do tablet e encaixá-los no Joy-Con Grip, que assume a forma de um comando tradicional.
A instalação e utilização da Nintendo Switch é fácil. Depois de ligarem o adaptador de energia e cabo HDMI à dock, basta colocar a consola no espaço indicado e a imagem aparece na televisão. Se retirarem o tablet da dock, a imagem passa automaticamente para o ecrã menor. É bastante simples e acessível para qualquer pessoa. A Switch tem um tamanho aceitável. Com 6.2 polegadas, não é muito maior do que os smartphones actuais. No entanto, há que ter em conta que os Joy-Con aumenta consideravelmente as dimensões. Com os Joy-Con colocados nas laterais, a Switch é praticamente do mesmo tamanho que o Gamepad da Wii U.